Grace Hopper Academy, escola de programação só para mulheres, vai abrir em Nova Iorque.

Por Salvador Rodriguez, conteúdo originalmente postado no International Business Times.

Estudantes da Fullstack Academy trabalham em um projeto como parte do programa de treinamento de programação. Em Janeiro, a Fullstack Academy vai abrir uma segunda escola de programação, a Grace Hopper Academy, feita exclusivamente para mulheres.

A Fullstack Academy, instituição que fornece um dos maiores treinamentos em programação, está lançando uma segunda escola; mas ao contrário da maioria das escolas de programação, esta vai se concentrar somente no treinamento de mulheres interessadas em entrar no campo da tecnologia. O projeto se chama Grace Hopper Academy, e representa o mais recente esforço da indústria da tecnologia para diminuir a desigualdade de gênero no mercado de TI.

Ainda que o treinamento fornecido pela Grace Hopper Academy não seja o primeiro criado com o objetivo de aumentar a diversidade, ele é o primeiro projeto que só vai cobrar mensalidade das estudantes depois que elas conseguirem um emprego no setor.

“Menos de um quarto de todos os empregos de engenharia nas grandes empresas de TI são ocupados por mulheres, e o problema não é falta de interesse”, diz Shanna Gregory, reitora da Grace Hopper Academy. “Nós realmente acreditamos que ter acesso à educação é o primeiro passo para incluir mais mulheres nesses espaços.”

Sediada em Nova Iorque, a Fullstack Academy é uma empresa com fins lucrativos que se ergueu a partir do Y Combinator, um dos maiores programas de aceleradores na indústria de tecnologia. A empresa lançou-se em 2013 e, desde então, graduou mais de 250 estudantes com 97% de taxa de contratação. Atualmente, os fundadores David Yang e Nimit Maru esperam repetir esse sucesso na Grace Hopper Academy, e com programadoras.

Apesar do curso na Fullstack Academy custar U$15.680, Yang e Maru optaram por um plano de diferimento da taxa de matrícula na Grace Hopper Academy, como forma de atrair o maior número possível de mulheres talentosas, com variadas qualificações e formações. As estudantes são cobradas apenas se conseguirem um emprego e, então, elas pagam à instituição 22,5% do salário recebido no primeiro ano.

“Queremos pessoas que são apaixonadas e entusiasmadas para entrar em no campo para que não haja um fardo financeiro que sirva de obstáculo para elas perseguirem seus objetivos, e queremos combinar nosso sucesso com o delas,” disse Yang. “Estamos dispostas a aceitar essa aposta.” Com Grace Hopper Academy, Yang e Maru disseram que elas esperam criar um ambiente onde mulheres se sentirão confortáveis e terão acesso a mulheres bem sucedidas com tecnologia que podem servir como palestrantes convidadas e mentoras para elas.

“É mais sobre criar uma experiência inicial acolhedora e fazer com que as mulheres saibam que é um campo no qual elas são bem vindas e no qual elas podem ser muito bem sucedidas”, disse Yang.

Sobre o nome da escola, Grace Hopper era uma almirante da Marinha Americana famosa por encabeçar iniciais avanços informáticos e criar muito das primeiras linguagens informáticas. Hopper também da nome a conferência de Celebração de Mulheres na Computação, que atualmente acontece em Houston (ela também popularizou o termo “bug de computador” depois de encontrar um inseto dentro de uma máquia que estava usando). “Grace Hopper está no pantheon dos grandes engenheiros”, disse Yang. “Então quando estávamos procurando por alguém que foi uma líder e um modelo, continuávamos voltando à Grace Hopper. Nós realmente a admiramos

A Grace Hopper Academy vai começar a aceitar inscrições nesta semana e dará início a suas primeiras aulas em Nova Iorque em 11 de Janeiro.


Tradução feita pelas participantes do Minas Programam: Bárbara Paes, Júlia Tibiriçá e Mariana Tiemi.